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36 milhões já consultaram o Sistema de Valores a Receber

Fonte: O Globo
15/02/2022
Geral

O Banco Central (BC) informou que 36 milhões de CPFs e CNPJs foram consultados neste primeiro dia da volta do Sistema de Valores a Receber (SVR), que possibilita a verificação de valores "esquecidos" em bancos.

Foram 35,2 milhões de CPFs e 792 mil CNPJs consultados até às 18h desta segunda-feira. Segundo o BC, não houve instabilidades no sistema. No entanto, houve relatos de instabilidade e lentidão na plataforma Gov.br, em que os interessados devem se cadastrar para regstar os possíveis valores.

As consultas começaram a ser feitas nesta segunda, mas o resgate dos recursos só estará disponível em março, mediante agendamento.

O agendamento será de acordo com a data de nascimento da pessoa ou da empresa. Mesmo que a pessoa se esqueça de entrar no site do BC na data agendada, haverá repescagem ainda em março. E se, mesmo assim, a pessoa perder a repescagem, o dinheiro continua disponível para consultas futuras.

R$ 3,9 bilhões liberados na 1ª fase

Estima-se que há cerca de R$ 8 bilhões em instituições financeiras que ainda não foram resgatados por clientes. A cifra inclui saldos residuais em contas-correntes, por exemplo, ou cobranças indevidas.

Quem não tiver encontrado dinheiro após a consulta de hoje é orientado a fazer nova consulta em maio. Isso porque nem todos os recursos foram liberados para consulta hoje.

Nesta primeira fase, estarão disponíveis para devolução R$ 3,9 bilhões para 28 milhões de pessoas ou empresas que tinham saldos residuais em contas-correntes, por exemplo. As próximas etapas, a partir de maio, permitirão a consulta e resgate dos R$ 4,1 bilhões restantes.

Para fazer o resgate dos recursos é necessário fazer o cadastro no portal Gov.br e alterar seu status para nível prata ou ouro.

Veja o que já está liberado

Nesta primeira fase, as pessoas podem consultar se tem dinheiro a receber caso se enquadrem nestas situações:

- Contas de depósitos (conta corrente ou conta poupança) encerradas com saldo disponível;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente. Neste caso, somente os recursos de instituições que assinaram um termo de compromisso com o Banco Central estarão disponíveis;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados;
- Outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

As próximas etapas vão incluir as consultas de valores a receber nos seguintes casos:

- Recursos de tarifas e parcelas relativas a operações de crédito mesmo que não haja um termo de compromisso assinado pela instituição financeira com o BC;
- Saldos de contas de pagamento, sejam pré-pagas ou pós-pagas;
- Contas encerradas em corretoras ou distribuidoras de títulos mobiliários.