Pesquisa divulgada nesta terça-feira (6) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) mostra que em agosto o índice de famílias paranaenses com contas atrasadas foi o maior dos últimos doze meses: 26,3%.
O levantamento foi feito em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e revela que a média de atraso das contas entre os paranaenses é de 63 dias.
Entre os inadimplentes, 8% reconheceram que não vão ter condições de pagar as contas atrasadas.
No mês analisado, 95,8% das família disseram ter algum tipo de dívida. A situação é mais grave entre famílias de menor renda (até dez salários mínimos). Nessa faixa, o índice é de 96,4%, contra 92,7% entre famílias com renda de mais de dez salários mínimos.
O levantamento indica que o cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida dos paranaenses. Veja os dados a seguir:
- cartão de crédito: 83,7%;
- financiamentos de veículos: 8,9%;
- financiamentos de imóveis: 5,2%;
- crédito consignado: 2,3%.
O coordenador de desenvolvimento empresarial da Fecomércio-PR, Rodrigo Schmidt, explica que os números refletem o impacto da alta dos preços de itens considerados essenciais.
"A categoria mais atingida pela inflação é essa de menor renda. As categorias de produtos que elas mais consomem, principalmente alimentos e itens de primeira necessidade, foram as que tiveram a maior elevação das taxas de inflação".