Dentro da agenda evolutiva do Pix, a função de débito automático, que permitirá os pagamentos por recorrência dentro do escopo do sistema de pagamento instantâneo, é prioridade para 2023, disse Breno Lobo, consultor no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central (BC).
A expectativa é que seja lançado ainda no ano que vem, para qualquer tipo de pagamento recorrente, não só pagamento de conta de água, luz, telefone, mas também serviço de streaming, clubes assinaturas em geral”, disse no Fórum Meios de Pagamento, realizado pela Corpbusiness.
Outra função na agenda do BC é a de parcelamento (Pix Garantido), mas que, segundo Lobo, não deverá ser implementada no ano que vem porque já estão sendo observadas iniciativas interessantes por parte do próprio mercado nesse sentido.
O regulador também trabalha em novas formas de iniciação das transações, como via NFC (que permite os pagamentos por aproximação) e bluetooth. Ele destacou que a experiência do usuário com cartão hoje ainda é melhor devido à possibilidade, por exemplo, de realizar pagamentos por aproximação.
Lobo explicou que em 2021 o BC quase lançou a função de QR Code gerado pelo pagador – na qual o pagador pode estar offline e o vendedor precisa estar conectado –, mas entendeu que naquele momento o mercado não estava consolidado o suficiente em termos de uso de QR Code no varejo.
Ivo Mósca, superintendente de open finance, pagamentos digitais e critpo do Itaú, defendeu a implementação de funções de uso offline do Pix como forma de acelerar a digitalização dos pagamentos. O Itaú tem um projeto no Lift Lab 2022, iniciativa do BC e da Federação Nacional de Associações dos Servidores do BC (Fenasbac) , para utilização do pagamento instantâneo com NFC e QR Code offline.