Em um levantamento recente feito pela Robert Half, 90% dos 300 líderes entrevistados declararam ter algum nível de preocupação com a capacidade de suas empresas de reter colaboradores.
Esta preocupação costuma ser a realidade de vários empreendedores em diferentes setores, e aqueles que não compartilham dessa preocupação por algum motivo que não seja por terem um robusto plano de atração e retenção de profissionais, devem começar a pensar no assunto.
O diretor-geral da Robert Half na América do Sul, Fernando Mantovani, explica que caso seja apenas uma simples despreocupação, as empresas devem se atentar.
“Sugiro rever os seus conceitos e as práticas internas da organização, porque a constante disputa por profissionais de talento está cada vez mais acirrada e tende a afunilar mais nos próximos meses”, explica.
Retenção de profissionais de talento
Para o diretor-geral, talentoso é aquele profissional que tem sintonia com a cultura e os valores da empresa, cumpre as metas desejadas ou supera expectativas, além de ter as qualificações técnicas e comportamentais necessárias para o cargo que ocupa.
“Também valorizo muito aqueles dispostos a aprender e repassar conhecimentos, os que são donos do próprio desenvolvimento e com grande capacidade de autogerenciamento, senso de dono e disposição e rapidez para se adaptar ao novo”, acrescenta Mantovani.
A pesquisa também avaliou os principais desafios de 2022 relacionados à equipe, e 51% dos gestores responderam que a missão mais desafiadora será encontrar candidatos com habilidades certas para as vagas abertas.
Outra preocupação dos entrevistados foi sobre a necessidade de que essas pessoas tenham afinidade com a cultura organizacional da companhia.
Por isso, a questão de conseguir reconhecer e reter profissionais talentosos passa a ser ainda mais relevante.
Importância da cultura organizacional
Segundo Mantovani, é possível dizer que a cultura organizacional é formada pelo conjunto de valores, crenças, propósitos e metodologias que guiam uma empresa e seus colaboradores no dia a dia.
“Quando bem definida e realmente colocada em prática, ela tem o poder de apoiar uma organização com relação à imagem que ela quer transmitir para as pessoas, da porta para dentro e para fora, incluindo os profissionais de talento. Com base nela, é possível, inclusive, definir estratégias de negócio, operação e de comunicação”, explica.
Quando se tem colaboradores que aprovam, abraçam e fomentam a cultura organizacional, o dia a dia da companhia tende a ganhar em fluidez, engajamento e produtividade.
“Além disso, quando se sentem parte do negócio e peças importantes no desenvolvimento da organização, essas pessoas tendem a se tornarem embaixadores naturais da companhia. Ou seja, ter uma cultura organizacional bem definida e colocada em prática gera ganhos para todos os lados”, finaliza Mantovani.
Com informações Robert Half