Em um ano, saltaram 51% no Brasil os ataques de ransomware, aqueles nos quais hackers “sequestram” dados e sistemas de companhias e órgãos públicos e exigem resgate para devolvê-los.
O número está em novo relatório da firma de segurança cibernética Palo Alto Networks, que constatou que o país subiu no ranking de mais atacados no planeta: era o nono maior alvo, há um ano, e se tornou agora o oitavo — à frente de economias como China, Índia, Japão e Austrália.
Na América Latina, o Brasil ocupa a primeira posição como país mais atacado. Segundo o relatório, foram registrados 59 ataques no Brasil no ano passado, contra 26 no México, 23 na Argentina, 19 na Colômbia e 5 no Chile. Os EUA são, de longe, o principal alvo, com 1.118 vazamentos detectados.
De acordo com a Palo Alto, as três principais quadrilhas de ransomware que visam o Brasil são a Lockbit, a Vice Society e a Hive. Os setores mais visados são a indústria, o de tecnologia e o varejo.
Globalmente, o valor médio dos pagamentos exigidos pelos criminosos foi de US$ 650 mil no ano passado, com o pagamento médio de fato realizado de US$ 350 mil. Mas teve empresa pagando até US$ 7 milhões.