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Pix encerrou 2022 com uma média de 66 milhões por dia

Fonte: O Globo
30/03/2023
Pix

O Pix encerrou o ano de 2022 com mais de 24 bilhões de transações, média de 66 milhões de operações diárias, consolidando-se como meio de pagamento mais popular do Brasil, o que mostra a grande aceitação da ferramenta por parte dos brasileiros para realizar suas transações no dia a dia. As transações do Pix superam as de cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques no Brasil, que, juntas, totalizaram 20,9 bilhões.

No ano passado, foram transacionados pelo Pix R$ 10,9 trilhões, revela levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento, com base em dados divulgados pelo Banco Central e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs). Em valores, o Pix está apenas atrás da TED (Transferência Eletrônica Disponível), que, no ano passado, cujas transações somaram R$ 40,7 trilhões.

Brasil é o 2º em pagamentos em tempo real

O Brasil é segundo país com maior número de transações de pagamentos em tempo real (PTR), somando 29,2 bilhões, o que representa 15% de todas as transações internacionais nesta modalidade em 2022 e um crescimento anual de 63,2% .

De acordo com o relatório “Prime Time for Real-Time” de 2023 da ACI Worldwide e GlobalData, o Brasil ficou atrás da Índia, que registrou 89,5 bilhões de transações no ano passado (46% de todas as transações internacionais) e apresentou uma taxa de crescimento anual de 76,8%.

China, Tailândia e Coreia do Sul ocupam o terceiro, quarto e quinto lugares na lista dos principais mercados de PTR, com 17,6 bilhões, 16,4 bilhões e 8 bilhões transações, respetivamente, em 2022.

Superando outros meios de pagamento

Com entrada em funcionamento em 16 de novembro de 2020, o Pix ultrapassou as transações feitas com DOC (Documento de Crédito) já em seu primeiro mês de funcionamento. Em janeiro de 2021, superou as transações com TED (Transferência Eletrônica Disponível). Em março do mesmo ano, passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte (maio), o Pix ultrapassou a soma de todos eles.

Em relação aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro do ano passado, e, no mês de fevereiro, foi a vez de passar na frente das transações com cartões de crédito.
 
Presidente da Febraban, Isaac Sidney aponta que as transações feitas com o Pix continuam em ascensão, batendo recordes a todo momento, contribuindo para maior inclusão financeira:

- Nosso levantamento mostra que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta, fazendo com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado. São pagamentos rotineiros do dia a dia, e desta maneira, o cliente evita o saque e transporte de dinheiro - avalia o presidente da Febraban.

Sidney ressalta que , para transações maiores, a predileção ainda é pela TED, e há uma parte considerável em valores transacionados por boletos, com R$ 5,3 trilhões, ressalta Sidney

Depois do Pix, os meios de pagamentos preferidos dos brasileiros foram o cartão de crédito (18,2 bilhões) e o cartão de débito (15,6 bilhões), seguido de boleto (4 bilhões), TED (1,01 bilhão) e cheques (202,8 milhões). O uso do DOC para transações financeiras ficou na última posição, com 59 milhões de operações.

Já em valores transacionados, após TED, Pix e boletos, aparecem as operações com cartão de crédito (R$ 2,09 trilhões), cartão de débito (R$ 992 bilhões), cheques (R$ 666,8 bilhões) e por último o DOC (R$ 55,7 bilhões).

O desempenho de cada meio de pagamento em 2022

Pix
Número de transações: 24 bilhões
Valor total: R$ 10,9 trilhões

Cartão de crédito
Número de transações: 18,2 bilhões
Valor total: R$ 2,09 trilhões

Cartão de débito
Número de transações: 15,6 bilhões
Valor total: R$ 992 bilhões

Boleto
Número de transações: 4 bilhões
Valor total: R$ 5,3 trilhões

DOC
Número de transações: 59 milhões
Valor total: R$ 55,7 bilhões

TED
Número de transações: 1,01 bilhão
Valor total: R$ 40,7 trilhões

Cheques
Número de transações: 202,8 milhões
Valor total: R$ 666,8 bilhões